sábado, 25 de junho de 2011

Canção de Exílio



   Saudade de minha casa, de minha terra onde não há palmeiras, nem aves que gorjeiam. Saudades das noites estreladas, dos amores perdidos. Saudades de minha mãe, de meu pai, do meu irmão, meu tio, avó, avô, dos meus amigos, de toda a cidade, salvo de exceções. Pensei que seria mais fácil a vinda para a cidade grande, mas foi um tremendo engano. Estava cega, pois as luzes da cidade haviam me ofuscado. Esse tempo ocioso me faz pensar mais nessa saudade, o que na realidade não deveria ao menos existir. Esperar mais uma semana para o grande dia chegar, o dia de voltar pra casa, me parece uma eternidade. Espero por isso desde que cheguei aqui. Chegando lá, quero que nada tenha mudado que tudo esteja em estado estático, parado, e nunca mude, até eu voltar. Não permita Deus que eu morra, sem que eu volte para lá  e desfrute dos primores que eu não encontro por cá.


LS

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