terça-feira, 15 de outubro de 2013

Te adoro

É impressionante que pelo simples fato de conversar com você parece que tudo desaparece, todas as dores, as tristezas, a raiva, tudo de ruim, é você me ligar que eu esqueço de todos os problemas, porque talvez você consiga aflorar o melhor que eu tenho. Te adoro.


Sem título aparente

Talvez seja uma onda de frustrações acumuladas, que se transformam em tristeza dentro de mim. Talvez essa ideia de não demonstrar o que se sente e tentar fingir que tudo esta bem esta me matando. A única coisa que eu queria hoje era te ver sabe, por  isso eu voltei mais cedo de viagem, se eu soubesse que ia ficar o dia inteiro sozinha eu poderia ter voltado na quarta. Queria poder ter te abraçado hoje e ficar conversando sobre como foi o final de semana e como você esta. Quando eu digo que estou com saudades é porque realmente estou, não é o tipo de coisa que eu falo da boca pra fora e pra todo mundo. Agora acho que vai ser isso, a hora que você estiver chegando em casa, eu estarei dormindo, e ao acordar sei que você estará dormindo. Sem comunicação aparente apenas um chat e muitas saudades. Acho que assim eu não conseguiria viver, de apenas encontros casuais. De verdade, se for pra viver assim eu ainda prefiro minha antiga vida sem expectativas. Eu sei que preciso me tornar uma pessoa mais compreensiva a respeito disso. Precisava muito saber a importância que eu tenho na sua vida.  Talvez eu esteja precisando de mais atenção, minha alma carente busca por atenção, a minima que for. Talvez pode ser puro egoismo da minha parte querer as pessoas disponíveis pra mim, mas aqui dentro fica um vazio tremendo que vocês não imaginam.


sábado, 5 de outubro de 2013

Basta ter coração


     “Procura-se um amigo. Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor… Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.” 



Carlos Drummond de Andrade


quarta-feira, 2 de outubro de 2013