Encontra-se

       Tinha acabado de sair de um show extremamente insano do CPM22 e decidimos na louca ira para a famosa Praça da Espanha. Branco, multidão, dor nas pernas, vinho barato (porém bom), réveillon fora de época, só em Curitiba mesmo. Chegamos um pouco atrasadas para as festividades, um pouco após a virada, mas a festa ainda não tinha acabado. Depois de ter desejado um feliz ano novo e abraçado todos os conhecidos e apresentados naquela noite, em pleno começo de março, mais exatamente três de março, que avisto um rosto vindo em minha direção, sorrindo. Um abraço e um desejo de feliz ano novo, carregados de cordialidade e uma felicidade não compreendida. Fomos apresentados, a primeira vista normal, mas a segunda um pessoa extremamente simpática, diferente da maioria dos curitibanos e lindo. Falávamos de varias coisas, que não vem ao caso nesse momento. Fiquei encantada, não totalmente, porque é difícil se encantar com pessoas a primeira vista. "Um beijo?" "Claro, no rosto, com certeza" "Ah, mas eu beijo bem!" "Haha, então vamos ver". Foi muito engraçado, algo totalmente de boa entende, sem cobraças, era momentâneo, mas confesso que ele falara a verdade. Passou-se um tempo, até que considerado rápido, eu precisava ir e ele também. Um beijo de despedida e só. Cada um para o seu lado, eu contrariando o fluxo e caminhando contra a multidão e ele dissera que ia esperar para entrar para a fila do James. Nada de telefones, nada de promessas, nada. Sem expectativas, isso que me surpreendeu, sem expectativas. Talvez eu nunca mais o encontre, quem sabe? Já que em Curitiba nem parece que realmente existam três milhões de habitantes, porque a qualquer momento nos encontramos com um conhecido aqui ou acolá, se bem que eu queria encontrá-lo novamente.