quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Contos em desenvontros IV



        Em casa, já era tarde e minha mente vagava despretensiosa, pois todo o estado de tensão, provas, trabalhos, tinham acabado. Finalmente, livre para fazer nada, vida regada a ócio, descansar, dormir. Cansada demais para abrir o computador e escrever alguma coisa. Meu corpo queria cama, e minha mente dizia ao contrário. Como sempre segui minha cabeça, mesmo que ela tenha me deixado na mão algumas vezes, muitas vezes. Levantei e encaminhei-me para a cozinha, abri a garrafa de vinho que tinha sobrado da semana passada e fiquei na frente da TV, bebendo e assistindo um filme sobre a vida de um artista ai. Não conseguia prestar muita atenção na televisão, pois eu continuava no estado de tensão da faculdade. Ao lembrar de tudo que eu fiz no período que passou, cogitei que tornei-me o que eu nunca quis ser. Um ser hipócrita, rancoroso, melancólico, exagerado e chato pra caralho. Odiei isso, e fui para cama tentar dormir, dormir para esquecer, esquecer de tudo, dos problemas, das chateações, de tudo, do mundo.


LS

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